domingo, 30 de junho de 2013
Cães paraplégicos (Displasia)
Cada vez está mais comum vermos nas ruas cachorros com cadeiras de rodas passeando com seus donos. Particularmente fico feliz, pois já ouvi pessoas comentarem de terem sacrificado seus cães que vieram a se tornar paraplégicos, já que dá trabalho para cuidar e, teoricamente, não dá mais para levar uma vida “normal”. Nós, do Tudo sobre Cachorros, decidimos falar desse assunto para esclarecer as principais razões da paraplegia, explicar como ocorre a doença mais comum que pode levar à paralisia das patas traseiras – a Displasia Coxo-femural e conscientizar donos e futuros donos de que um cão paraplégico pode ser um cão muito feliz.Nossa querida colunista Juliana escreveu esse artigo para o TSC:
Existe uma série de lesões que podem afetar os cães levando a uma paralisia dos membros. Dentre elas podemos destacar lesões neurológicas, musculares e articulares.
Neste artigo, falaremos mais amplamente de algumas características que podem levar o animal a uma paralisia, e mais detalhadamente a respeito da Displasia Coxo-femural (DCF) que é a doença mais comum de ocorrer.
Ataxia, ou descoordenação, surge quando se rompem vias sensoriais responsáveis pela transmissão dos sinais que controlam a propriocepção. Ocorre mais comumente como conseqüência de doença da medula espinhal, mas também pode ser resultado de disfunção cerebelar ou doença vestibular.
A doença de medula espinhal promove a ataxia (descoordenação) dos membros acompanhada por certo grau de fraqueza ou paralisia. Na doença vestibular ocorre descoordenação e perda de equilíbrio, associadas à inclinação da cabeça e nistagmo (tremer dos olhos). E na doença cerebelar é caracterizada pela descoordenação da cabeça, do pescoço e dos quatro membros; os movimentos da cabeça, do pescoço e dos membros são bruscos e descontrolados; a marcha é esticada e de passadas altas (como se desse um passo maior que a perna).
Outras causas de paralisia:
O Vírus da Cinomose Canina, quando já atingiu o Sistema Nervoso Central, pode apresentar como sintomas rigidez cervical, convulsões, sinais cerebelares ou vestibulares, tetraparesia e descoordenação.
O Vírus da Raiva pode apresentar como sinais descoordenação e paralisia dos membros pélvicos, evoluindo para tetraparalisia. Tratamento:
O tratamento clínico é baseado na utilização de analgésicos, antiinflamatórios para amenizar a dor do animal, melhorando a capacidade de movimentação, controle de peso do animal, pois a obesidade é um fator que forçam as articulações, atrapalhando o processo de recuperação, fisioterapia (natação, caminhadas), evitar que o animal caminhe em piso liso, acupuntura, gerando bons resultados.
Existe também o tratamento cirúrgico para os casos considerados de maior gravidade, a técnica mais utilizada é a implantação de uma prótese total do quadril, sendo este procedimento é praticado apenas em cães com mais de dois anos, uma vez que os ossos necessitam de estar bem formados para suportarem os implantes. Não só com o objetivo de minimizar a dor, mas também de devolver a funcionalidade à anca e corrigir os erros genéticos.
Outras técnicas cirúrgicas utilizadas também podem ser: osteotomia tripla, em cachorros até aos 12 meses, pode-se recorrer a esta cirurgia, desde que os animais não apresentem artrite; dartroplastia, procedimento mais recente, para cães jovens que não têm as condições necessárias para uma osteotomia tripla ou prótese total da anca; osteotomia da cabeça do fêmur, sendo a excisão da cabeça do fêmur que é um procedimento utilizado em último recurso; colocefalectomia; osteotomia intratocantérica; acetaculoplastia; pectinectomia; denervação da cápsula articular.
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